Escrito por Malcolm Wheeler-Nicholson
Cascos
de cavalo tinham pisoteado impérios até virarem poeira. Nenhum homem sabe que
forças invisíveis moveram continuamente as vastas tribos de nômades asiáticos
até transbordarem a Alta Tartária e inundarem a civilização. Mesmo agora, o
estrondo dos cascos das hordas de Átila ainda ecoava pelos séculos. O Império
Romano tinha sido esmagado pelos gritos dos cavaleiros nômades e pelo relinchar
dos pôneis tártaros.
Desde
então, novas nações nasceram e morreram. Desde então, um fanático arrieiro
tinha saído do deserto e dito frases ardentes em Meca, e suas palavras tinham
acendido a chama do Islã. Austeros muçulmanos galoparam pelas terras desérticas
punindo os infiéis com fogo e espada. Cavalos árabes de pernas delgadas
carregaram os seguidores de Maomé e a cimitarra do Islã. Mas, bem antes disso,
o luxo e a riqueza obtidos pelos conquistadores tinha gerado indolência e
preguiça. Os cavalos árabes de pele sedosa perderam seu vigor.
Mas
nos planaltos da Ásia, os pôneis tártaros ainda batalhavam contra os severos
ventos do Gobi e lutavam por cada pedaço de grama no território.
Nos
últimos tempos, um rumor tinha começado a se espalhar pelo Islã. Homens
lançavam olhares preocupados ao Portão Sungário, a passagem por onde todas as
hordas nômades tinham vindo da Alta Ásia. O Xá do poderoso Império Persa riu
quando seus conselheiros lhe lembraram de Átila, o Huno, e falaram de um novo
Flagelo de Deus, um certo Genghis Khan, cujo número de guerreiros só era superado
pelo número de folhas nas árvores ou pelo número de grãos de areia das praias,
e cujas hordas de cavalos preenchiam as planícies até o longínquo horizonte.
E,
ainda assim, o Xá riu, esquecendo dos grandes impérios que tinham se dissolvido
em pó sob os cascos das hordas de cavalos nômades.
Um
vento frio soprava na Alta Tartária. Houve uma chuva de meteoros naquela noite,
e os habitantes da cidade muçulmana observaram a bola de fogo que pairou por
quase um minuto sobre o topo da mais alta torre da grande mesquita.
“Isso
certamente significa que o mal está por vir!” sussurraram entre eles.
Inconsciente
dos sussurros, despercebido pelos habitantes e imperturbado pelos portentos, um
cavaleiro solitário percorria o caminho até o portão oeste de Otrar. Como o sol
já havia se posto, o Capitão do Portão já tinha fechado a entrada da cidade, e
o viajante solitário tinha pouca esperança de entrar naquela noite, a não ser
que algum grupo de viajantes ou alguém importante demandasse passagem. Nesse
caso, o viajante solitário esperava entrar despercebido entre a multidão, uma
tarefa não muito fácil. Ele era mais alto que a maioria dos habitantes do
poderoso Império Persa, mais alto e de pele mais clara, o que não era
surpreendente, já que tinha vindo de terras distantes do oeste. Um sobretudo
desgastado sobre o qual estava brasonada uma cruz, sua espada longa e fina, e a
cota de malha protegendo seu forte peitoral, seus ombros, flancos e coxas,
mostravam que ele era um dos Cruzados que ainda mantinham uma base de operações
no limite da costa da Terra Santa. Alan de Beaufort tinha toda a força de um
lobo, e, como um lobo, ele tinha visto mais batalhas do que merecia desde que
deixara a Normandia. Amarga tinha sido sua jornada, mesmo na própria Terra
Santa. Seu senhor tinha lhe traído e lhe forçado a procurar abrigo entre os
inimigos da Vera Cruz. Impelido ainda mais ao leste, atormentado e em perigo
por causa dos muçulmanos, ele se encontrava, enfim, diante dos portões de
Otrar, o posto avançado do poderoso Império Kharesmiano, que se estendia da
Índia até Bagdá, e do Mar de Aral até o Golfo Pérsico. Homens contavam
estranhas histórias sobre um tal Preste João, que diziam ser o rei de um
misterioso povo cristão nos planaltos da Tartária. Era em direção a esse
nebuloso santuário que o cavaleiro cristão, Alan de Beaufort, estava a caminho.
Desmontando,
ele se pôs nas sombras de uma árvore perto do portão e observou as duas tochas
queimarem e crepitarem nos muros, suas chamas refletindo no elmo da sentinela
que andava para frente e para trás sobre os portões. Por trás do muro
situava-se uma populosa cidade, na qual ele poderia se esconder, e encontrar
comida e abrigo. Fora dos muros, havia a paisagem desolada infestada de bandos
saqueadores.
***
Tanto homem quanto cavalo estavam cansados,
mas ambos ergueram as cabeças quando ouviram algo se agitar na escuridão atrás
deles, um barulho que aumentou de volume e se transformou numa confusão de pés
humanos e patas de animais. Alguém estava procurando entrar na cidade, e Alan
pôs seu pé sobre o estribo e montou no seu cavalo, guiando-o de volta às
sombras enquanto as formas de muitos homens a cavalo saiam da escuridão e se
aproximavam do portão.
Na luz fraca das tochas, revelou-se uma
caravana de mercadores, homens baixos, de olhos pequenos e com armadura pesada,
cavalgando pôneis peludos e conduzindo muitos animais bem carregados.
Mercadores da Tartária, evidentemente, trazendo peles e prata para
comercializar, tapetes e sedas. Seu líder era um homem mais alto que seus
companheiros, com olhos aguçados como uma águia e uma perspicácia incomum num
mercador. Ele pedia admissão numa voz gutural que carregava um tom de
autoridade. O Capitão do Portão, reluzindo o vermelho em sua armadura prateada,
inclinou-se arrogantemente sobre sua cimitarra sobre o muro e o questionou.
Alan estava muito longe para ouvir as
perguntas e respostas, mas, evidentemente, estavam se entendendo bem, pois
houve uma agitação nas torres do portão e os dois enormes portais lentamente se
afastaram para trás, revelando um amontoado de lanceiros na entrada.
A caravana de uns vinte mercadores e o
dobro de animais começou a se movimentar. Alan não perdeu tempo,
silenciosamente se infiltrando entre os cinco ou seis viajantes que compunham a
traseira do grupo. Com eles, ele entrou nos portões. Mal seu cavalo colocou os
cascos sobre as lajes de pedra da rua, os portões atrás dele se fecharam com um
rangido. Por um momento, ele teve a sensação de estar preso e se amaldiçoou por
entrar nessa cercania perigosa. Sua mão direita baixou até o cabo de sua espada
na bainha de couro, e com aquilo foi capaz de recuperar sua confiança. Enquanto
isso, seus olhos percorriam o local, notando o amontoado de lanceiros
revestidos de aço que ficavam para trás, e percebendo outro grupo que marchava
de uma rua lateral e tomava posição na frente da caravana. Isso era inquietante
o suficiente por si só, e ele desejou sinceramente encontrar um local onde
pudesse se esgueirar por uma rua lateral e se distanciar discretamente. Mas seu
desejo foi condenado a não se concretizar quando, repentinamente, um lanceiro
se colocou a seu lado e uma fila de homens armados se alinhou do início ao fim
da caravana, cercando-a como um muro de aço.
Havia algo sinistro naquilo. Alan,
bastante familiar com o perigo para não reconhecê-lo, sabia institivamente que
essa recepção incomum de uma caravana de mercadores era um sinal ruim. Ao
brilho das tochas carregadas pelos lanceiros, ele estudou os rostos de seus
companheiros, mas os mercadores baixos e de olhos pequenos conduziam adiante
impassíveis, não demonstrando sinal algum de medo.
O líder do corpo de lanceiros que
cercava a caravana saiu da frente da coluna, abaixando sua cabeça para não
bater nas varandas suspensas. Seu cavalo, um garanhão árabe de pelagem escura como
carvão, bufava e gemia enquanto andava sobre as pedras do pavimento. O homem de
olhar insolente era um turco seljúcida, de peito inflado e arrogante, usando
uma joia em seu turbante, sua lâmina damascena em mãos. Alan puxou as dobras de
sua capa mais próximas de si, pois os turcos seljúcidas não eram amigos dos
Cruzados. O capitão dos guardas se aproximava cada vez mais, analisando
atentamente o rosto de cada viajante. Ele estava agora ao lado de Alan, seus
olhos aguçados fitando-o de cima a baixo enquanto o Cruzado disfarçado se
arqueava sobre sua sela. Por um breve segundo, Alan achou que o guarda iria
seguir em frente, mas sua esperança se desvaneceu quando o oficial turco moveu
seu cavalo, se inclinou na sela e sussurrou alguma ordem para os guardas mais
próximos, apontando para o alto cavaleiro.
Os guardas se aproximaram, observando
com renovado interesse o estranho em meio a eles. Mais guardas apareceram e
reforçaram a fila naquele ponto. O capitão turco, após lançar outro olhar ao
Cruzado, dirigiu-se à frente da coluna. A longa caravana passava com seus
guardas por uma rua estreita, cujas varandas suspensas quase tocavam suas
cabeças. Entre elas, Alan podia ver as estrelas brilhando friamente no céu
claro. Ele sabia que ordens especiais de observá-lo tinham sido dadas aos
guardas, e, sem chamar atenção, ele estudava cada ruela e cada beco enquanto
cavalgava.
***
Várias centenas de metros à frente de
Alan, ele viu o tamanho e a vastidão da cidadela, e soube que era em direção a
essa fortaleza que os prisioneiros estavam sendo levados. Ele sabia muito bem
que isso era um presságio do mal, um mal que se estampava sobre ele enquanto as
ruas se alargavam e eles passavam perto de um muro isolado. Um gemido veio de
algum lugar lá em cima. Olhando para cima, Alan viu vários ganchos pendurados
nos muros, ganchos como aqueles nos quais os carniceiros penduram suas
carcaças. E, como se fosse uma carcaça, lá estava pendurado o corpo nu de um
homem, suspenso cruelmente em meio ao ar, seus olhos entreabertos e sangue
pingando das pontas de aço que perfuravam seu corpo.
Tal visão fortaleceu a resolução de
Alan. Por que as autoridades dessa cidade fronteiriça capturariam uma caravana
de mercadores, ele não sabia; mas, sendo a justiça de Maomé do jeito que era, e
já sendo bem conhecida a crueldade e rapacidade dos governadores do Xá, ele
decidiu arriscar uma morte rápida ao invés de seguir estupidamente como uma
ovelha em direção ao abatedouro.
Eles tinham agora passado o grande muro
isolado e estavam novamente na passagem estreita das casas. À direita de Alan
estavam dois ou três dos baixos mercadores de olhos pequenos. Bem
silenciosamente, ele adiantou seu cavalo à frente dele, e começou lentamente a
forçá-lo em direção à fila de lanceiros no flanco. Sua troca de posição foi tão
discreta, que nem mesmo olharam para ele. À sua frente, agigantava-se o portão
negro da cidadela, a uns cem passos. Entre ele e a entrada sombria, uma rua
levava a algum lugar à direita. Era por esse caminho que ele planejava fazer
sua fuga. Sob seu casaco, ele começou a deslizar sua espada da bainha,
levantando-a centímetro a centímetro, cada vez mais e mais alta, com suas mãos
na fria lâmina de aço. Faltavam poucos metros para a esquina. Ele tinha
retirado três terços da sua espada da bainha, o punho dela descansando sobre
seu ombro debaixo do casaco. No mesmo momento, o Capitão da Guarda começou a
sair da frente da coluna, Alan agarrou a espada com sua mão direita, curvou-se
sobre a sela e equilibrou-se, tenso como um gavião prestes a atacar.
Os olhos aguçados do capitão turco
entenderam a situação num instante. Ele gritou aos guardas, que marcharam até
ele a pé, mas Alan já tinha sacado sua lâmina com um zunido seco e austero,
esporeando seu cavalo e se dirigindo ao lanceiro mais próximo. Sua lâmina
penetrou o casaco do homem e atingiu a articulação do seu ombro. A investida do
cavalo fez os outros lanceiros recuarem, mas, forçados pelos gritos do capitão,
eles rapidamente se recuperaram e começaram a atacar o intrépido cavaleiro
acima deles. Pontas de lanças famintas se lançavam em direção ao Cruzado. Da
primeira, ele desviou; na segunda, ele golpeou, cortando o punho do seu
portador com um só movimento. Ele estava agora na entrada da rua lateral,
lutando como um cervo cercado por uma matilha de lobos. Outros guardas se
juntaram ao combate, até haver uma pressão contínua e um bando de homens em
volta dele. O capitão turco estava forçando seu cavalo através de seus homens
para chegar perto do Cruzado, sua cimitarra refletindo a cor vermelha das luzes
das tochas enquanto ele procurava uma abertura. Alan se ergueu em seus
estribos. Sua espada oscilava ao seu redor como um círculo de aço. Ele gritava
e golpeava. O capitão turco se aproximava com seu cavalo. De repente, Alan se
inclinou bruscamente para a esquerda, focando diretamente a garganta do homem.
O turco se jogou para trás na sela, desviando por pouco do golpe vicioso que,
ainda assim, atingiu seu ombro, forçando-o a soltar sua lâmina.
Com incrível rapidez, Alan se
recuperou, golpeando e cortando o círculo de lanceiros ao seu redor, até enfim
se livrar da multidão. Com um movimento final em direção a um lanceiro alto que
estava se empenhando em machucar seu cavalo, ele livrou seu animal do combate e
galopou em direção à rua estreita.
Entre os gritos e a confusão, o barulho
do aço colidindo com aço e o ruído dos casos dos cavalos, a rua repentinamente
ganhou vida. Janelas se abriam; portas se escancaravam. Pessoas se apinhavam
nas varandas e na rua. Em um segundo, o quarteirão estava em alvoroço.
***
Com um desespero repentino, Alan viu
uma sombra maciça bloqueando o caminho à sua frente, e percebeu tarde demais
que tinha fugido para uma rua sem saída. Atrás dele, os guardas estavam em
perseguição, avançando rapidamente em meio às multidões que preenchiam o local.
Do outro lado da rua, mulheres gritavam nas varandas, apontando para ele. Luzes
estavam se aproximando e as tochas de seus perseguidores ficavam visíveis,
iluminando a ponta de suas lanças. Uma flecha zuniu pelo ar e se enterrou na
moldura de madeira da varanda a uns quinze centímetros dele. Ele virou seu
cavalo para enfrentar seus perseguidores, determinado a morrer bravamente, se
necessário. Eles avançaram como uma matilha de lobos guiados pelo cheiro, e
estavam agora a vinte passos, um amontoado sólido de homens armados ocupando
todo o espaço da rua. Diante dele, havia um muro de aço, e, atrás dele, um muro
de pedra! Alan inclinou a cabeça para trás e riu, atirando sua lâmina para cima
e pegando ela levemente pelo punho, enquanto se ajeitava mais firme na sela.
Acima dele, assomava a escuridão de uma varanda, suas vigas de suporte pouco
mais de um metro sobre sua cabeça. Nela, reluzia em contraste com a escuridão
uma figura que ele presumiu ser uma mulher. Sua voz chegou até ele.
“Suba, Cruzado, suba!” disse a voz em
Latim, uma língua que era como a sua, e ele olhou para cima, assustado. As
pontas famintas das lanças estavam a poucos passos de distância. Uma figura
coberta de aço saltou em direção ao seu cavalo. Ele a cortou rapidamente e riu
de novo ao desviar da investida de uma lança.
De repente, ele saltou dos estribos e,
com a mão no punho da espada, ficou de pé sobre a sela. Desse ponto de
vantagem, ele pulou para a varanda ao mesmo tempo em que seu cavalo foi ao chão
com um relincho. Uma flecha atingiu o ponto entre seus braços esticados. Com
grande esforço, ele se puxou para cima e, num segundo, saltou sobre o parapeito
da varanda.
Gritos altos vinham lá de baixo. Homens
começaram a bater com suas lanças na porta. Com a espada debaixo do braço, Alan
parou por um segundo, fitando a figura diante dele. A mulher gesticulou e ele a
seguiu pela longa e estreita entrada, indo parar num cômodo de teto baixo,
banhado numa luz suave e rosada que se projetava de uma lâmpada de prata pendurada
por correntes. Ele olhou ao seu redor, vislumbrando os maravilhosos tapetes e
divãs, as cortinas de seda, e os objetos de jade e marfim. Então, olhou para a
mulher, e viu que ela era apenas uma moça de dezoito verões, com um rosto
soberbo sustentado por um pescoço delgado.
“Devo agradecê-la por sua ajuda”, ele
disse solenemente, “mas não posso ficar aqui e colocá-la em perigo. Quem é
você?” ele perguntou, curioso.
“Não importa quem sou, mas venha”, ela
sussurrou, levando-o ao outro lado do cômodo, a uma porta estreita atrás de uma
cortina de seda. Quando ela a abriu, Alan pôde notar o frescor e a palidez de
sua pele, e a beleza de seu andar, decidindo prontamente que não era uma mulher
muçulmana, mas, sem dúvida, uma mulher nobre de uma raça próxima a sua. Uma
pequena cruz grega dourada balançava no pescoço dela, convencendo-o que estava
certo. Mas não havia tempo para perguntas, pois os gritos e os golpes na porta
ficavam cada vez mais altos, e comandava-se imperativamente que abrissem em
nome da lei.
A garota abriu a pequena porta,
revelando um lance de degraus que subiam para a escuridão. Sem uma palavra, ela
agarrou sua mão e o levou para cima. Ele a seguiu, tropeçando nos degraus
estreitos, estranhamente empolgado com o contato da mão delgada com seu punho
peludo. Em alguns segundos, chegaram ao topo, e a garota abriu outra porta que
dava ao teto.
Ela apontou para os telhados planos e
extensos.
“Vá!” ela disse, “esconda-se.”
Ele se endireitou e balançou sua cabeça
teimosamente.
“Não posso te deixar enfrentar a
matilha de lobos sozinha”, ele disse calmamente.
A cabeça dela se inclinou de leve,
ouvindo os gritos que aumentavam lá embaixo. Os gritos pararam de repente
quando a porta da rua foi derrubada, e o ruído de passos podia ser ouvido
subindo a escada.
“Não, não”, ela sussurrou ansiosamente,
“eles não ousariam me machucar. Vá, te imploro!”
“Tudo bem, então”, ele disse. “Mas jure
pela Vera Cruz que nenhum mal recairá sobre ti.”
“Eu juro, sobre a Vera Cruz, vá, antes
que seja tarde demais!” ela sussurrou freneticamente, enquanto a casa abaixo
deles se enchia com os gritos dos perseguidores.
Mas ele ainda hesitou.
“Não sei seu nome, nem como te verei de
novo”, ele contestou.
“Eu me chamo Helene, a filha do Estratego,
e – e se por acaso não conseguir fugir esta noite, venha ao amanhecer até essa
porta e bata três vezes”, ela disse sem fôlego, e puxando sua túnica branca
consigo, ela se foi.
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